Revelar-te-ei verdades das quais espero chegar ao limite possível de aproximação.
Eu quero dar-lhe a fórmula que desvendará meu eu mais íntimo. Para fazer-te compreender que sou feito de amor e dor, calor e frio, céu e chão.
Eu quero dar-lhe meu mapa. Para fazer-te compreender que o caminho até meu coração está a dois passos de você, e que, tais passos, são os mais ingênuos possíveis.
Eu quero dar-lhe meu manual de instruções. Para fazer-te compreender como lidar com os inúmeros defeitos com os quais fui fabricado.
Eu quero dar-lhe uma rosa. Para fazer-te compreender que mesmo com toda a beleza, nela exposta, ela morrerá dentro de poucos dias.
Eu quero dar-lhe uma humilde pedra. Para fazer-te compreender que mesmo com toda a simplicidade, nela exposta, só depende de você, que ela permaneça intacta por toda a eternidade.
Eu quero dar-lhe palavras. Para fazer-te compreender o quão pequenas e insignificantes são elas (servindo apenas para alimentar nossas insolentes vaidades), quando ditas pela boca.
Eu quero dar-lhe silêncio. Para fazer-te compreender a imensidão de coisas que ele pode proferir. E que as palavras ditas num olhar, num toque, num suspirar... são as mais profundas e autênticas possíveis.
Por fim...
Em verdade vos digo, minha pequena amada, nada deves temer, pois tudo que ofereço-te é o amor bucólico de um coração já cansado.
Um comentário:
Poxa Andrezinho, suas palavras conseguiram acalmar meu coração com. x)
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